- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (7), durante um evento em Paramirim, no sudoeste da Bahia, que 2025 será o "ano da colheita" e voltou a defender os rumos da economia em seu governo. A declaração acontece em meio à alta dos preços dos alimentos e a tentativas da gestão federal de melhorar sua popularidade. "Tenho dito para todo mundo no Brasil: 2025 será o ano da colheita. Colheremos tudo o que plantamos em 2023 e 2024. Vocês vão ver que a colheita será farta, não apenas no agronegócio, mas também nas políticas públicas de interesse do povo brasileiro. Porque o que queremos é que o Brasil seja do povo brasileiro", declarou Lula. O presidente também fez críticas às fake news e reforçou seu posicionamento contra a desinformação. "Este é o ano de colhermos e fortalecermos a democracia. Vamos derrotar a mentira, a farsa e as fake news, porque queremos discutir com o povo brasileiro a melhoria da qualidade de vida e uma democracia cada vez mais forte", acrescentou, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e de ministros. A declaração ocorre um dia após Lula sugerir, em entrevista a rádios da Bahia, que os brasileiros boicotem produtos considerados caros para forçar a queda nos preços. "Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai ao supermercado e percebe que um produto está caro, não compre. Se todo mundo tiver essa consciência e parar de comprar, quem vende vai ter que baixar o preço, porque senão o produto vai estragar", afirmou o presidente. A inflação dos alimentos tem sido um dos principais desafios do governo. De acordo com uma pesquisa da Quaest, oito em cada dez entrevistados disseram ter percebido aumento nos preços nos últimos meses. Além disso, o Banco Central alertou nesta semana que a meta da inflação poderá ser descumprida em 2024 devido ao impacto dos alimentos e ao mercado de trabalho aquecido.